Na Faixa

Brasília, dia 16 de novembro. De repente não choverá mais. O calor será insuportável. O sol que cegou os Brasiliários de Clarice queimará e deixará o ar difícil de respirar.

Pelo Retrovisor

Brasília, dia 15 de novembro. Uma tarde, ao sair do trabalho, o céu vai escurecer e um temporal vai desabar. Pegando o atalho pelo Parque da Cidade, você vai seguir contra a corrente de água que balança o carro. E será perseguido pelos faróis acesos de outra máquina qualquer. Pelo retrovisor.

E a Nave Pousou


Brasília, dia 14 de novembro. Na terra plana e molhada, outrora ocupada por seres de antigas civilizações, o que diria Clarice, ao ver surgir de repente a nave branca e gigante do Museu Nacional de Niemeyer? A porta que se abre e os líderes que começam a desembarcar. Brasília é um aeroporto. E todos estão de passagem.