A Biblioteca

Brasília, dia 13 de novembro. A chuva caiu. As luzes se apagaram. A cidade estava vazia. Chove todo dia. A caminho da Biblioteca Nacional.

Brasiliários

Brasília, dia 12 de novembro. A cidade paisagem se torna superpovoada como pedia Clarice. Candangos convergem de volta à rodoviária do Eixo Monumental e serão distribuídos às pressas para suas cidades-satélite. Eles voltam para a periferia que passaram a ocupar depois que terminaram de construir a capital. "Em Brasília estão as crateras da lua."

No Horizonte

Brasília, dia 11 de novembro. Construção com espaço calculado para as nuvens. Cidade que se deita no horizonte. Essa beleza assustadora, essa cidade traçada no ar. Brasília fica à beira. Aqui criança não pode ficar de pé porque senão cai. Cai pra fora do mundo. Em cima da rodoviária, na via que cruza o eixo monumental, candangos aguardam o ônibus para casa, ao fim do expediente.